segunda-feira, 16 de abril de 2012

O MÍNIMO QUE VALE MAIS






        Um garoto pobre, com cerca de doze anos de idade, vestido e calçado de forma humilde, entra na loja, escolhe um sabonete comum e pede ao proprietário que embrulhe para presente.
- É para minha mãe!, diz com orgulho.

O dono da loja ficou comovido diante da singeleza daquele presente. Olhou com piedade para o seu freguês e, sentindo uma grande compaixão, teve vontade de ajudá-lo.
Pensou que poderia embrulhar, junto com o sabonete comum, algum artigo mais significativo. Entretanto, ficou indeciso: ora olhava para o garoto, ora para os artigos que tinha em sua loja.
Devia ou não fazer? O coração dizia sim, a mente dizia não.
Lembrou de sua própria mãe. Fora pobre e muitas vezes, em sua infância e adolescência, também desejara presentear sua mãe. O garoto, com aquele gesto, estava mexendo nas profundezas dos seus sentimentos.
Do outro lado do balcão, o menino começou a ficar ansioso. Alguma coisa parecia estar errada. Por que o homem não embrulhava logo o sabonete?
No campo da emoção, dois sentimentos se entreolhavam: a compaixão do lado do homem, a desconfiança por parte do garoto.
Impaciente, ele perguntou:
- Moço, está faltando alguma coisa?
- Não, – respondeu o proprietário da loja. – é que de repente me lembrei de minha mãe. Ela morreu quando eu ainda era muito jovem. Sempre quis dar um presente para ela, mas, desempregado, nunca consegui comprar nada.
Na espontaneidade de seus doze anos, perguntou o menino:
- Nem um sabonete?
O homem se calou. Refletiu um pouco e desistiu da idéia de melhorar o presente do garoto. Embrulhou o sabonete com o melhor papel que tinha na loja, colocou uma fita e despachou o freguês sem responder mais nada.
A sós, pôs-se a pensar. Como é que nunca pensara em dar algo pequeno e simples para sua mãe? Sempre entendera que presente tinha que ser alguma coisa significativa, tanto assim que, minutos antes, sentira piedade da singela compra e pensara em melhorar o presente adquirido.
Comovido, entendeu que naquele dia tinha recebido uma grande lição. Junto com o sabonete do menino, seguia algo muito mais importante e grandioso, o melhor de todos os presentes: o gesto de amor!
pense nisso…
Às vezes ficamos tão preocupados em fazer coisas grandes, em dar valiosos presentes, em realizar grandes movimentos, que deixamos de fazer o essencial, o mínimo que poderíamos fazer e que, se fizéssemos com amor se transformaria em grande ato…
A lição da história de hoje se encaixa em todos os momentos de nossa vida porque a cada segundo temos a oportunidade de fazer algo a mais, algo melhor para o próximo, para os nossos familiares e até para nós mesmos…
Passamos muito tempo esperando um grande acontecimento que transforme nossa realidade, nossos relacionamentos e as pessoas que nos cercam e esquecemos que as mudanças verdadeiras começam através dos pequenos gestos, das pequenas atitudes…
Na segunda carta a Corintios 6,1, Paulo nos diz: vos exortamos para que não recebais a graça de Deus em vão…
Quando deixamos pra amanhã o que podemos fazer hoje, estamos recebendo a graça de Deus em vão
Quando deixamos de fazer a nossa parte, esperando os grandes acontecimentos, as grandes oportunidades, estamos recebendo a graça de Deus em vão…
Pense nisso…
Faça a sua parte hoje, mesmo que aparentemente seja um pequeno e insignificante gesto e seja feliz!!!

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